quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Entre o passado e o futuro, convencionou-se idolatrar o presente. Entre a memória e a utopia programou-se a aparência. Entre o que já foi e o que ainda não se sabe se vai ser inventou-se o estar. Entre a história e a tecnologia deixou-se germinar a ignorância indiferente.
O presente apenas existe no tempo que se torna passado. O presente é, apenas, esse momento fugaz que existe no tempo exacto em que desaparece. O presente é uma ínfima parede entre o passado e o futuro (...). O presente é a ausência de passado e de futuro. (...) O presente é o bilhete de identidade da rotina do instantâneo.
(...)
Quanto ao passado, oscila-se entre a memória curta e a diluição afectiva. (...)", Do lado de cá, ao deus-dará, de Bagão Félix.

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