domingo, 23 de dezembro de 2007

O que farei de mim só tu o podes dizer...


Há dias em que só apetece agarrar a algo que está tão fora do meu alcance, mas mesmo assim continuo a ouvir o som do vento que me traz as novas acerca de ti e te leva o meu cheiro. Quando um dia eu desaparecer, estarás tão longe que nem saberás o quanto esperei por ti, não saberás que foi por ti que vivi na tempestade, superei a mediocridade de viver sem a emoção de ter alguém a meu lado, mas saberás que foi por ti que tentei viver e sonhar e regressarei para reclamar o que a mim me é devido....

Contudo, voltaste, prendaste a minha vida com o teu sorriso, com o teu olhar doce e meigo e que me voltaste amar e voltei a ser tua novamente. Será que algum dia irei perceber o que te leva a fugir de mim, o que te leva a temer a emoção de me teres a teu lado e qual o receio que o amor te causa. Mas não iremos falar disso agora,porque voltaste e não suportaria ouvir um "Não" ou a justificação da loucura de me quereres e de me afastares. Sabes quem sou, quem fui e o que quero ser. Apenas tens medo do que poderás ser comigo e isso é algo que eu não entendo. Estás longe, mas é como se vivesses comigo, é como se fôssemos um só, como se um fio, um fio apenas, fosse capaz de suportar toda a tempestade, toda a agonia, todo o desespero que iremos sentir aquando da nossa separação involuntária. Estarei aqui como se a minha vida dependesse disso, como eu sinto que se te perder me perdesse a mim.

Quando digo que afastar-me de ti faria-me enlouquecer, mas aproximar-me seria loucura e que adormecer sem ti é um tormento e os sonhos pesadelos, isto é a mais pura de todas as verdades. Viver sem ti faz-me pensar que amar-te sem te ter é igual a uma morte lenta e dolorosa, mas se te tivesse e acabasse por te perder seria pior que essa morte lenta e dolorosa. Quando de manhã acordo, sinto que faltas tu para o meu dia ser uma parte segura de um paraíso, de um acontecer maravilhoso que não acabaria nem quando adormecesse. Por isso, quando adormeço o tormento é imenso porque falta o contacto com o teu corpo e o sentir que estás lá ao meu lado. Os sonhos esses variam, há dias que se tornam mais leves porque tu entras neles, mas acabam sempre da mesma maneira... um vazio... que não há modo de o preencher....


2 comentários:

fábio videira santos disse...

Pena não teres tido nada para dizer ou tempo para o dizer, no arrastar de todos estes dias, aqui na viragem do tempo.

E que regresso tão simples e bonito.

Beijo
F.S.

Anônimo disse...

ai o amor o amor... desconhecia que tinhas um blogueto :P
ainda hei-d saber quem é :$

beijo neia